quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Na véspera de ti eu era pouca e sem sintaxe eu era um quase...uma parte sem outra...um hiato de mim. No agora de ti aconteço tecida em ponto cheio...um texto com estrelinhas e recheio: um preciso corpo...um bastante sim. (M. Esteher Maciel)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"Amar: Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei..."  Mario Quintana
Quem passou a vida em brancas nuvens E em plácido repouso adormeceu, Quem não sentiu o frio da desgraça, Quem passou pela vida e não sofreu Foi espectro de homem, não foi homem, Só passou pela vida, não viveu. Francisco Octaviano
"Duas coisas me enchem a alma de crescente admiração e respeito, quanto mais intensa e freqüentemente o pensamento delas se ocupa: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim" Immanuel Kant
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
"Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora..."
Rubem Alves

terça-feira, 18 de novembro de 2008

INÍCIO

Tudo começou assim... Meu pai e minha mãe pensavam em ter-se somente a eles. Não imaginavam a junção deles poderia sair a inexatidão, que sou eu. Eles brigavam, mas depois se amavam. E foi em um desses amores que saí correndo, brigando contra os outros que poderia ser eu, um pouco melhor desenhado. Mas, voltando, eu fecundei e comecei a crescer. Logo, a minha mãe já não podera esconder o que tinha acontecido. Meus avós revoltaram-se, mas entenderam. Eu nasci. Deram-me um nome. E a mim me criaram. Eu era pequeno, garoto, magrelo e só tinha osso. Agora eu sou crescido. Hoje eu corro não apenas para fecundar, mas também para viver essa que, pra muitos é desgraçada; para mim é agraciada.
Gente Humilde Chico Buarque Composição: Garoto, Chico Buarque e Vinicius de Moraes Tem certos dias Em que eu penso em minha gente E sinto assim Todo o meu peito se apertar Porque parece Que acontece de repente Como um desejo de eu viver Sem me notar Igual a tudo Quando eu passo no subúrbio Eu muito bem Vindo de trem de algum lugar E aí me dá Como uma inveja dessa gente Que vai em frente Sem nem ter com quem contar São casas simples Com cadeiras na calçada E na fachada Escrito em cima que é um lar Pela varanda Flores tristes e baldias Como a alegria Que não tem onde encostar E aí me dá uma tristeza No meu peito Feito um despeito De eu não ter como lutar E eu que não creio Peço a Deus por minha gente É gente humilde Que vontade de chorar Creiam que assim que eu me sinto!

PASSOU


-----De repente, as coisas pareciam ter fugido. Eu nunca imaginei que eu poderia sentir aquilo. O beijo que ela me dara parecia que nunca ia acabar. Eu não sei se foi o beijo mesmo ou apenas a sensação, mas o que eu sei, de fato, é que aquele beijo prolixo me fez sentir a pessoa mais boba do mundo.
-----Passei dias e noites sem dormir apenas pensando. As pessoas começaram a estranhar as lindas marcas negras embaixo dos meus lindos olhos, os quais pareciam mais os de ressaca. Mas nem isso, pra mim, que apaixonado por minha beleza, me fez parar de lembrar daquele beijo.
-----A minha vida parecia ter perdido o sentido. Descobrir o que fazer para lembrar foi muito difícil, mas eu achei. A vida só voltava a ter sentido novamente quando sentia o beijo da pessoa amada.
-----Eu já estava a desfalecer. O meu sangue era apenas paixão. Minhas pernas estavam bambas. Mas para o alívio de mim eu pude sentir novamente o meu corpo (e o dela) voltarem a bater. Latejavam feito uma ferida machucada. Tudo foi muito bom. O primeiro beijo agora já não era mais o primeiro. Agora o segundo
-----Pouco depois eu pude descobrir que tudo aquilo que eu passara com ela foi esquecido por ela e a culpada disso foi a morte, que veio sem avisar.


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----------------------------(Buron Lanu)

Cultura

Cultura
A cultura viva dos cristãos que morreram para nascer